Polícia paraguaia se retrata e diz que jovem baleada em chacina na fronteira com MS não morreu

O diretor de investigações da Polícia Nacional Paraguaia César Silguero, utilizou o termo “hominímia” para se justificar após as informações repassadas à imprensa internacional sobre a suposta morte de Rhafaelli Alves do Nascimento, de 20 anos, nesta terça-feira (12). Ao contrário do que havia sido divulgado por Hugo Grance, chefe das investigações de homicídios, a jovem não morreu e ainda luta pela vida em um hospital de Ponta Porã, cidade a 346 quilômetros de Campo Grande.

Na língua portuguesa, hominímia significa palavras que possuem sentidos diferentes, mas com mesma pronúncia ou escrita. Segundo o ABC Color, Silviero justificou que a confusão ocorreu porque, no Brasil, faleceu uma pessoa com o mesmo nome da estudante. Segundo ele, as informações foram repassadas pela polícia brasileira.

“A informação que recebemos dos colegas do Brasil é que há, na verdade, uma pessoa ferida que está se recuperando, mas não morreu, está em operação”, alegou.

Doação de sangue

Segundo apurado pelo Jornal Midiamax, a jovem precisa de doação de sangue e está internada no Hospital Dr. José de Simone Netto, em Ponta Porã.

Pelo menos 100 disparos de diversos calibres foram feitos contra o SUV Trailblazer, onde as vítimas estavam. Morreram na hora Kaline Reinoso, anos, Osmar Vicente Álvarez Grande, o ‘Bebeto’, Rhannye Jamilly e Haylée Carolina Acevedo Yunis, filha do governador do Departamento de Amambay.

“Briga interna”

O subcomandante da Polícia Nacional do Paraguai, coronel Gilberto Fleitas, afirmou ao ABC Color que não há relação da chacina com outros ataques acontecidos na fronteira, em referência à morte do vereador de Ponta Porã Farid Affif, também no sábado (9).

Conforme apurado pela Futura Fm, de Amambay, a residência fica na colônia Cerro Cora’i, e está há uma quadra da fronteira. Segundo o chefe policial da operação, todos são brasileiros. 

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(Foto: Reprodução/ ABC Color)

O atentado que matou quatro pessoas estaria relacionado a um conflito interno entre ‘Bebeto’ – Osmar Vicente Álvarez Grance -, uma das vítimas, e um grupo dedicado ao narcotráfico no Brasil. “Seria mais uma questão interna ligada ao mercado brasileiro. Haveria um confito com esta pessoa, Bebeto”, afirmou.

A caminhonete foi localizada em uma estrada vicinal na Colônia Virgen de Caacupé, após moradores acionarem a polícia. Chegando ao local, os policiais verificaram que o veículo tinha características similares ao que teria sido utilizado no atentado e foi identificado durante as investigações.

O diretor da polícia de Amambay Carlos Miguel López Russo, foi pessoalmente ao local do achado. A caminhonete tem placa brasileira e trata-se de uma Toyota Hilux, ano 2014/2015, da cidade de Bauru-São Paulo.

O veículo foi encontrado horas depois de membros da equipe de investigação afirmar que tinham fortes indícios para esclarecimento do crime, mas que não daria maiores informações para não atrapalhar o andamento.

Carro furtado

O carro utilizado pelas vítimas da chacina tem placas da cidade de Navegantes, em Santa Catarina, e registro de furto. O veículo foi atingido por pelo menos 100 tiros fuzil de vários calibres.

Trata-se de uma Chevrolet Trailblazer, ano e modelo 2016. A suspeita é de que o carro era dirigido por Osmar Vicente Álvarez Grance, vulgo ‘Bebeto’, que seria o alvo do atentado.

Já a caminhonete Toyota Hilux encontrada incendiado em uma estrada vicinal na Colônia Virgen de Caacupé, não tem registro de roubos ou furtos, e tem placas de Várzea Paulista-SP.

Operação prendeu 6 brasileiros

Seis brasileiros foram presos nesta segunda-feira (11) durante operação que apura a chacina ocorrida na fronteira,a Polícia Nacional Paraguaia. Além disso, foram apreendidos três carros, outros três documentos de veículos, celulares, joias e 74 gramas de maconha.

O nomes dos presos foram divulgados pelo site local Capitán Bado: Hywulsson Foresto, Juares Alvers da Silva, Luis Fernando Armani e Silva Simões, Gabriel Veiga de Souza, Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo e Douglas Ribeiro Gomes.

Os veículos apreendidos também são brasileiros, sendo um Fiat Uno cinza, um Volkswagen não identificado na cor branca e um Fiat Polo cinza.
Os mandados de busca e apreensão e prisão foram expedidos pelo juiz criminal do Segundo Turno da Comarca de Amambay, Juan Martín Areco Torraca, para que fossem cumpridos apreensão de veículos de procedência duvidosa, suposta posse de maconha, entrada em domicílio e elementos processuais de quádruplo homicídio. Os presos foram transferidos para o Departamento de Investigações de Amambay.

Midiamax

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