Onda de violência em escolas de Brasília assusta pais, alunos e autoridades
O Fantástico mostrou casos graves de violência em escolas. Os episódios se multiplicaram nos últimos dias no Distrito Federal. Em uma escola, alunos trocaram socos, até um deles cair e bater a cabeça no chão. Uma outra estudante agrediu a colega e puxou a menina pelos cabelos. Alunas de uma outra escola trocaram tapas, socos, puxões de cabelo, e uma delas bate a cabeça da outra contra o muro.
Desde o início de 2022, sete menores de idade foram apreendidos por causa de crimes no ambiente escolar. Essa onda de violência nas escolas de Brasília assustou os pais, alunos e também autoridades de segurança pública e educação. Desde a volta as aulas no Distrito Federal, foram 43 dias letivos até o último caso mais grave. E, nesse período, 121 ocorrências foram registradas. A média é de quase três atos infracionais por dia.
A Secretaria de Educação do Distrito Federal pretende anunciar um plano de urgência pela paz.
“São seis secretarias envolvidas. Não adianta a gente entregar só para Secretaria de Segurança Pública fazer a intervenção, olhar uma mochila de uma criança para ver se não está portando uma arma branca ou mesmo arma de fogo. Nós temos que trabalhar a causa. A gente tem que ter esse grupo de profissionais olhando e trabalhando essas crianças agora, mostrando para eles que a violência não é o caminho”, afirma Hélvia Paranaguá, secretária de Educação do Distrito Federal.
Para a educadora Priscila Cruz, os alunos que estão voltando a conviver nas escolas precisam de atenção especial.
“A gente tem uma geração hoje de jovens que viveu uma situação única, que foram dois anos de confinamento por redes sociais, muitas vezes com situações familiares muito desafiadoras, expostos a diferentes dimensões de violência. Então, essa geração precisa ser olhada de uma forma diferente a que a gente olhava para as que entravam no ensino médio”, explica Priscila Cruz, presidente executiva da Todos pela Educação.
G1