Câmara de Cassilândia aprova Título de Cidadão cassilandense para o Engenheiro João Marinho

A Câmara Municipal de Cassilândia aprovou por unanimidade, durante Sessão Ordinária desta terça-feira, 21 de junho, o Título de Cidadão cassilandense que será entregue a João Ferreira de Alvarenga, [ conhecido popularmente por João Marinho]. A homenagem foi apresentada pelo vereador Admilso Cesário Santos “Fião” (PSDB).

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Foto Divulgação

HISTÓRIA

João Ferreira de Alvarenga, o popular João Marinho, nasceu em Iturama, Estado de Minas Gerais, no dia 12 de novembro de 1941, filho de José Vieira Alvares de Alvarenga e de Francisca Alexandre de Jesus, tendo as irmãs Natália, Antônia e Marina.

No ano de 1951, sua mãe falecia tragicamente, tendo a cabeça decepada quando trabalhava num engenho movido por força animal, ajudando o esposo na lida diária. O fato acabou transformando a vida de João Marinho, que, muito trabalhador e inteligente, virou uma espécie de arrimo de família logo muito cedo, uma vez que o pai passou a ter intermitentes crises mentais agravadas pelo trágico acidente que vitimou dona Francisca.

No mesmo ano de 1951 veio juntamente com o pai e irmãs para a pequena Cassilândia que ainda era distrito de Paranaíba.

José Marinho foi dono de uma chácara de 30 litros, onde hoje se encontra a fábrica Saboraki, onde também tem uma mina de água mineral que muitos garantem possuir excepcional qualidade natural.

João Marinho foi engraxate até os 16 anos de idade, além de fazer outros biscates pra lutar pela sobrevivência do pai e dos irmãos. Muitas vezes teve que deixar tudo de lado para socorrer o pai até São Paulo para deixá-lo internado, em decorrência de fortes crises mentais, ocorridas de vez em quando.

No ano de 1958, foi trabalhar na fazenda do velho João Cadete, alcunha de João Vieira Gonçalves, pai do maior político da história de Cassilândia, Waldomiro Alves Gonçalves, de muitos mandatos eletivos durante décadas. Lá trabalhou com carreiro de bois, além da lida na roça de café e de outras culturas diversas.

Em 1959, rumou-se para Paranaíba, onde passou a trabalhar como auxiliar de engenheiro com Ruy Hans. Ficou por lá aprendendo a profissão por alguns anos e, mesmo não ganhando muito dinheiro, aprendeu o com afinco e inteligência.

Veio para Cassilândia em seguida, no ano de 1961, montando um pequeno escritório na Rua Domingos de Souza França, no centro da cidade.

O seu primeiro serviço de engenharia em Cassilândia foi para o senhor Eurípedes Paulino, o velho Caboclo, o que lhe deu a oportunidade de se tornar o principal engenheiro prático da cidade e região.

Com o tempo, depois de medir dezenas de fazendas, montou o seu escritório na Rua Domingos de Souza França, 489, onde permaneceu até a sua aposentadoria no ano passado, ao completar 80 anos de idade.

João Marinho foi o engenheiro que mais mediu terras em Cassilândia e também no Chapadão do Sul, trabalhando para as principais famílias do então distrito cassilandenses, como Martins, Krug, Campo Bom e outras.

João Marinho casou com Delaide Dias de Assis, tornando-se pai de Jáimisson, farmacêutico bioquímico, em Ribeirão Preto; Antônio Carlos, farmacêutico bioquímico, radicado no Paraná; e Júlio César, médico veterinário com consultório em Brasília.

Após o falecimento de Delaide Dias, João Marinho casou com Cleusa Alvarenga, que se tornou seu braço direito na lida da fazenda.

João Marinho tem sua história registrada na memória de Cassilândia como engenheiro, que depois conseguiu a formatura, e como proprietário rural e urbano, ajudando a gerar ao longo do tempo empregos e renda para este município de Cassilândia.

EXTRAÍDO DO LIVRO “A HISTÓRIA DE CASSILÂNDIA”, DE CORINO ALVARENGA.

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