Campo-grandense com varíola dos macacos é tratado em casa e já não transmite a doença

Primeiro caso confirmado de varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul, o campo-grandense de 41 anos recebe tratamento domiciliar e já não está em fase de transmissão da doença, segundo confirmou neste sábado (16) o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Flávio Britto.

“Fazemos o acompanhamento diário desse paciente, não só dele, mas de todo o entorno familiar. Todo o tratamento é domiciliar e hoje ele já não está mais na fase transmissível da doença”, detalha Britto à reportagem.

Flavio detalhou que, apesar do monitoramento e tratamento pela SES, a confirmação só foi divulgada ontem porque os exames de casos suspeitos são feitos exclusivamente na Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), no Rio de Janeiro, instituição que confirma ou descarta as suspeitas.

o paciente tem histórico de viagem para São Paulo – estado maior número de casos confirmados – e apresentou sintomas como febre, ínguas (adenomegalia), feridas na pele e genitália (erupção cutânea em dorso). A viagem até o estado vizinho aconteceu entre os dias 16 e 19 de junho.

Ele começou a sentir os sintomas no dia 29 de junho, mas não necessitou de hospitalização e estava em isolamento domiciliar. O paciente encontra-se com as lesões cicatrizadas e não possui mais risco de transmissão.

Rede em alerta

Apesar da doença não ser considerada endêmica ou em estado de surto em MS, os sintomas da varíola dos macacos (também chamada na comunidade científica internacional de monkeypox) está entre a lista de “alertas” da SES.

“A rede está preparada para isso. Não temos um surto, são casos pontuais, este foi apenas o quarto caso, com os outros três descartados. Ao ter os sintomas, ele procurou atendimento e a suspeita já foi imediatamente levantada pelas equipes, o que possibilitou o monitoramento. Não há motivo para alarde, a população pode ficar tranquila”, finalizou Britto.

Sintomas e prevenção da varíola dos macacos

Segundo as autoridades, o período de incubação do vírus que causa a varíola dos macacos varia de sete a 21 dias e os sintomas costumam aparecer após 10 ou 14 dias. Além das erupções cutâneas, a varíola dos macacos causa dores musculares, na cabeça e nas costas, febre, calafrios, cansaço e inchaço dos gânglios linfáticos.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que o melhor método de prevenção para o contágio é reforçar a higiene das mãos e ter cuidado no manuseio de roupas de cama, toalhas e lençóis usados por pessoas infectadas.

Vale ressaltar que não há tratamento específico para a doença ou vacina contra o vírus, no entanto, a vacina padrão contra varíola também protege contra esse vírus. A varíola foi erradicada no mundo em 1980.

Mas como o contágio por essa doença acontece? 

A infecção pelo vírus se dá de três formas: em contato com um macaco infectado com o vírus, com outra pessoa doente e também com materiais contaminados. De pessoa para pessoa, o vírus é transmitido no contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.

Portanto, as formas mais comuns de contágio são as seguintes:

  • do contato com roupas ou lençóis (como roupas de cama ou toalhas) usados por uma pessoa infectada; 
  • do contato direto com lesões ou crostas de varíola de macaco; 
  • da exposição próxima à tosse ou a espirro de um indivíduo com erupção cutânea de varíola.

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