Mato Grosso do Sul é palco de ‘guerra santa’ para conquista de eleitores religiosos

Uma “guerra santa” para conquistar eleitores religiosos acontece tanto em Mato Grosso do Sul, quanto no Brasil. Alguns dos candidatos a governadores, senadores e deputados tentam se aproximar deste público, e a disputa este ano está grande, já que são dezenas de postulantes religiosos entre os nomes.

Os evangélicos são os mais “abordados”, pois provaram que podem ter uma forte bancada em Câmaras de vereadores, Assembleias e no Congresso Nacional.  

Entre os candidatos ao Governo do Estado, Capitão Contar, do PRTB, tenta captar votos dos evangélicos através da ideologia conservadora, e de direita. O partido de Contar firmou aliança com o Avante, que tem como principal líder o promotor licenciado Sergio Harfouche, que é evangélico e tem apoio de sua congregação.

Sobre o assunto, o candidato a vice-governador, Humberto Figueiró, afirmou que haverá quantitativo grande de eleitores evangélicos.

“Não tenho dúvida, teremos uma imensa maioria [sic] de evangélicos, que agora têm uma representação legítima. E esse conservadorismo de fato e não de retórica. De Deus, Pátria, família e liberdade na essência.”

Outro candidato ao Governo do Estado que espera captar o voto evangélico é Marquinhos Trad (PSD), que geralmente promove discursos relacionados a Deus. 

Tentando certa neutralidade e captação de votos de todos os segmentos, o ex-governador André Puccinelli (MDB) demonstrou, em discurso durante a convenção partidária, que “quer votos de todos” os nichos religiosos. Ele pediu apoio a católicos, evangélicos, espíritas e seguidores de religiões de matrizes africanas. 

Rose Modesto (União) também tem parte do eleitorado entre os evangélicos. Rose canta louvores e tem ligação forte com o público jovem, e isso pode ser um diferencial em sua campanha eleitoral.

O presidente do Conselho de Pastores de MS, candidato a deputado federal, Wilton Acosta, disse que este ano há muitas candidaturas do setor nas chapas proporcionais, de deputados estaduais e federais. Ele orienta aos fiéis que votem de forma coerente com suas religiões. 

“Acho que a gente [cristãos-evangélicos] conseguiu constituir um time maior para a disputa nas proporcionais. E está muito dividido [candidatos evangélicos] em diversas candidaturas. Tem vários partidos com candidaturas expressivas do segmento evangélicos. E todos buscam entendimento conosco.”

7 de Setembro

Outra data em que os evangélicos passaram a se reunir é o 7 de Setembro, Dia da Independência do Brasil. Este ano, em Campo Grande, os fieis organizam a Marcha para Jesus. No evento, dezenas de políticos se reúnem e conversam com os eleitores. 

Ao nível nacional, presidenciáveis como Jair Bolsonaro (PL) e de raízes mais conservadoras apostam nos eleitores evangélicos. Enquanto que Ciro Gomes (PDT) investiu de R$ 6 mil a R$ 7 mil em um anúncio nas redes sociais sobre seus valores cristãos, e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva impulsiona publicações negando a informação de que fecharia igrejas evangélicas.

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