Fluminense leva virada do Atlético-GO após abrir 2 a 0 e não sonha mais com taça
O sonho do Fluminense em terminar a temporada com ao menos uma conquista chegou ao fim nesta quarta-feira, no Estádio Antônio Accioly, em Goiânia. Mesmo com a distância longa de 12 pontos para o líder Palmeiras, havia uma pequena esperança no clube de ainda tentar a improvável reviravolta, que chegou ao fim após nova derrota fora de casa. Depois de abrir 2 a 0, os cariocas acabaram permitindo a virada, caindo por 3 a 2.
Com novo revés – vinha de derrota por 2 a 0 para o Atlético-MG -, o Fluminense vai se limitar a brigar por vaga na Libertadores na reta final. Restam oito rodadas para a equipe, que aumentou sua freguesia diante do Atlético-GO. Com os 3 a 2 desta quarta-feira, agora são seis partidas sem vitória, sendo cinco derrotas. Ao ganhar a segunda seguida, o time goiano mantém viva a expectativa de manutenção na elite.
Depois de abrir vantagem com Arias e Ganso, e ver jogadores oponentes brigando em campo, o Fluminense desperdiçou chances de definir a partida e acabou castigado com gols de Churín, Baralhas (um dos esquentadinhos) e Marlon Freitas (autor do pênalti no primeiro minuto).
A derrota diante do Atlético-MG, por 2 a 0, no sábado, deixou o Fluminense bastante abatido e distante de sonhar em desbancar o Palmeiras na luta pelo título, com 12 pontos de desvantagem. Mas Fernando Diniz adotou discurso de lutar até o fim para elevar o moral do elenco ao menos por consolidação entre os melhores por um retorno à Libertadores.
Ciente que o G-4 é a realidade da equipe, a ordem era buscar um gol rápido para desmontar o esquema defensivo dos goianos. Fernando Diniz só não esperava que a vantagem viria tão rápida. Logo no primeiro minuto, William Maranhão derrubou Ganso dentro da área. Após consulta no VAR, Anderson Daronco confirmou o pênalti. O camisa 10 tricolor deixou Arias bater e o colombiano não decepcionou.
Mesmo visitante, o Fluminense alugava o campo de ataque e assustou com Calegari concluindo cruzamento de Nathan. Jogada das novidades de Diniz, o lateral na vaga do suspenso Samuel Xavier e o meia ganhando posição de Matheus Martins. Outra novidade foi o retorno de Nino na defesa. Felipe Melo se manteve por causa da suspensão de Manoel.
Necessitando de um resultado positivo para tentar fugir das últimas colocações, o técnico interino Eduardo Souza cobrava avanço de seus jogadores. Mais solto, o Atlético-GO deixou espaços e quase fica em desvantagem ainda maior após um cruzamento, a bola bateu em Arthur Henrique e sobrou para Cano ampliar. Mas a bola resvalou na mão de Nathan e o lance acabou impugnado pelo VAR, flagrando impedimento do argentino.
Renan cobrou mais atenção dos defensores após o lance e Baralhas não gostou. Ambos acabaram discutindo e quase chegaram às vias de fato. O goleiro chamou o volante de “moleque” e os pedidos de calma não adiantaram. Poucos minutos mais tarde, Arias cruzou, Lucas Gazal desviou para trás e desta vez Cano festejou o segundo gol na partida, o 35º no ano em 62 aparições com a camisa do clube.
O VAR trabalhava bastante no jogo e após enorme papo com Anderson Daronco, um pênalti de Nino acabou marcado após toque de mão na bola. Churín bateu forte, no ângulo, para diminuir o placar aos 45 minutos. O atacante quase empatou dois minutos depois, ao cabecear no travessão.
Os goianos voltaram do intervalo com peças novas na intenção de aumentar o poder ofensivo na busca pelo empate. A estratégia, porém, quase naufraga com o Fluminense criando e desperdiçando boas chances, com Ganso, que optou o passe, Cano em cabeçada raspando, e Martinelli batendo forte.
O Fluminense ainda ficou no quase com Nino, em cabeçada raspando Não ampliou e acabou sofrendo o empate em mais um cruzamento à área dos goianos, que investiam pesado nos ‘chuveirinhos’. Cano, ajudando na marcação, não cortou, Baralhas dominou e mandou para as redes. Fernando Diniz não escondeu a decepção pelo quarto gol sofrido em dois jogos.
Ciente que o empate não servia, o técnico tentou uma última cartada com entradas de Marrony, Michel Araújo e Caio Paulista. Tirou defensores e povoou o campo ofensivo, descontente com a pressão sofrida pelo time e mirando o terceiro gol. Se expôs e acabou sofrendo a virada, com chute de Marlon Freitas desviando em Nino e traindo o goleiro Fábio.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-GO 3 x 2 FLUMINENSE
ATLÉTICO-GO – Renan; Dudu (Edson Fernando); Lucas Gazal, Wanderson e Arthur Henrique (Jefferson); Baralhas e William Maranhão; Aírton, Shaylon (Jorginho) e Luiz Fernando (Léo Pereira); Churín. Técnico: Eduardo Souza.
FLUMINENSE – Fábio; Calegari (Caio Paulista), Nino, Felipe Melo (Marrony) e Cristiano (Willian Bigode); André, Martinelli, Nathan (Michel Araújo) e Ganso; Arias (Matheus Martins) e Cano. Técnico: Fernando Diniz.
GOL – Arias (pênalti), aos 4, Cano, aos 36, e Churín (pênalti), aos 45 minutos do primeiro tempo; Baralhas, aos 29, e Marlon Freitas, aos 43 do segundo.
ÁRBITRO – Anderson Daronco (RS).
CARTÕES AMARELOS – Jefferson, Ayrton, Léo Pereira e Baralhas (Atlético-GO).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio Antonio Accioly, em Goiânia.
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