Dia da Cerveja: produção cresce 7,7% e Brasil mantém terceira posição entre os maiores produtores do mundo

Paixão dos brasileiros e apreciada no mundo todo, o Dia Internacional da Cerveja é celebrado na primeira sexta-feira de agosto; este ano, no dia 4. O setor, que cresce a cada ano, registrou um aumento de 7,7% na produção em 2022, com 15,4 bilhões de litros produzidos. Com isso, segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), o Brasil mantém a terceira posição no ranking dos maiores produtores de cerveja no mundo, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. 

De acordo com o Sindicerv, o número de cervejarias no país também aumentou em 11,6% no ano passado, com 1.729 estabelecimentos registrados. O presidente-executivo do sindicato, Márcio Maciel, destaca o investimento do setor em novos produtos.

“A gente sabe que a cerveja é a paixão nacional e cada vez mais o setor tem investido em inovações, novos produtos, aumentado a competitividade. A gente está falando de 1.729 cervejarias no Brasil, que estão trazendo produtos novos e estão atiçando o consumidor a cada vez mais explorar o setor cervejeiro. Então, tendo essa possibilidade de trazer produtos novos, consumidores novos, com inovação de produtos, é natural que o mercado acabe investindo mais e crescendo mais.”

Ao todo, o Brasil tem 42.831 registros de produtos nas cervejarias; um aumento de 19,8% em 2022 — o que representa a oferta de mais de 7 mil novos produtos.

Ao todo, a indústria cervejeira gerou no último ano R$ 77 bilhões em faturamento, o que equivale a 2% do PIB nacional — e contribuiu com a arrecadação de R$ 49,6 bilhões em impostos. Além disso, o setor é responsável por mais de dois milhões de empregos diretos e indiretos no país. Márcio Maciel comenta os impactos da cerveja na economia brasileira. 

“A cerveja rende bons momentos, rende celebração com a família e com os amigos. Mas para o Brasil, além disso, no âmbito econômico, ela rende muitos empregos. Estamos falando de mais de dois milhões de empregos diretos e indiretos induzidos na nossa cadeia; estamos falando de quase R$ 50 milhões de impostos gerados na cadeia no último ano. Isso significa investimento em saúde, educação, infraestrutura, segurança pública e, principalmente, a cerveja rende para o brasileiro a certeza de que tem uma economia que está crescendo, um mercado que está empregando e que está aquecido.”

Dia da Cerveja

O Dia Internacional da Cerveja foi criado em 2007 na cidade de Santa Cruz, na Califórnia, Estados Unidos. A data surgiu com quatro amantes da bebida que queriam celebrar os cervejeiros e os garçons, beber com bons amigos e experimentar cervejas de outras nacionalidades e culturas. Inicialmente, a data era comemorada no dia 5 de agosto, mas desde a edição de 2012, a celebração passou a ser na primeira sexta-feira do mês, para aproveitar o último dia útil da semana para se reunir com os amigos e degustar a bebida. 

Renan Campos, de 28 anos, é apaixonado por cerveja e transformou a paixão em um negócio. Desde os anos 1970, a família dele já produzia cerveja em casa “de brincadeira”, só para degustação própria. Com o aumento do volume produzido, ele viu uma boa oportunidade para investir comercialmente. Estudou o mercado e fundou em 2019 a cervejaria Macauba. 

“Cerveja para mim é mais pelo significado de momento, não só pela bebida em si, que já é uma paixão dos brasileiros, mas também é como se fosse um ritual de reunir os amigos. Sempre que você tem alguma coisa para comemorar com os amigos ou com família tem cerveja junto.”

Para ele, o Dia da Cerveja é importante para relembrar o legado histórico e cultural da bebida milenar. “Estamos falando de mais ou menos uns cinco mil anos desde que se tem relato das primeiras cervejas. Então é muito rico de cultura, não só a cultura de um lugar específico, mas é uma bebida que foi difundida no mundo”.

Movimento Cerveja Rende

Aproveitando o Dia Internacional da Cerveja, o Sindicerv lança nesta sexta-feira (04) o Movimento Cerveja Rende. O objetivo é destacar a importância da cadeia produtiva da bebida, com foco na geração de emprego, bom desempenho da agricultura e economia em geral.

“A cerveja, que impulsiona o agronegócio brasileiro, rende nova safra, novas colheitas, mais inclusão e ótimos momentos de alegria, relacionamento e confraternização entre as pessoas, em todas as regiões do país. É uma indústria forte e fundamental para o desenvolvimento regional e nacional”, ressalta o presidente-executivo do Sindicerv, Márcio Maciel.

A estimativa do setor é alcançar a produção de 16,1 bilhões de litros em 2023. Segundo Márcio Maciel, a reforma tributária e a queda nos juros podem beneficiar o segmento.

“A gente está aguardando uma reforma tributária que traga simplificação para o setor, redução de burocracia e garantia de investimento. Não só isso; a gente precisa de taxas de juros que caem para permitir que a cadeia cervejeira como um todo possa investir em seus negócios, possa contratar mais e expandir. O setor vai continuar investindo, tem perspectiva de continuar investindo e trazendo cada vez mais inovação, novos produtos para o brasileiro poder cada vez mais brindar.”

E vale sempre ressaltar: aprecie com moderação.

Fonte: Brasil 61

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