Dona de creche clandestina e cuidadora são condenadas por torturar crianças

Caroline foi presa em flagrante no dia 10 de julho por maus-tratos e tortura (Foto: Reprodução | Facebook) – CAMPO GRANDE NEWS

Acusadas de tortura contra 13 crianças, maus-tratos contra sete vítimas e por colocarem a saúde de 14 meninas e meninos, dopando-os durante o período em que ficavam em uma creche que operava clandestinamente em Naviraí, cidade a 359 quilômetros de Campo Grande, Caroline Florenciano dos Reis Rech e Mariana de Araújo Correia foram julgadas e condenadas.

Acusadas de tortura contra 13 crianças, maus-tratos contra sete vítimas e por colocarem a saúde de 14 meninas e meninos, dopando-os durante o período em que ficavam em uma creche que operava clandestinamente em Naviraí, cidade a 359 quilômetros de Campo Grande, Caroline Florenciano dos Reis Rech e Mariana de Araújo Correia foram julgadas e condenadas.

Além disso, a mulher afirmou que Caroline gritava muito para que as crianças ficassem em silêncio e não fazia nenhum tipo de brincadeira pedagógica. Já outra testemunha relatou que a proprietária do local deixava alguns meninos e meninas sem comida e eles ficavam até quatro horas sem poder levantar para, sequer, ir ao banheiro.

Em juízo, Caroline negou todas as acusações. Ela disse que o espaço não era uma creche e que dava alimentação, banho e cuidava das crianças. Alguns em tempo integral. A mulher disse, ainda, que tinha contrato escrito com os pais e que abria o local entre 5h30 e 6h, mas não tinha hora para fechar e, algumas vezes, chegava a levar criança para sua casa.

A mulher pontuou que nunca recebeu reclamação e que chegou a cuidar de 36 crianças. Ao juiz, ela afirmou que todos os remédios eram autorizados pelos pais e nunca deu nenhum medicamento para dormir a algum deles. Além disso, alegou que a alimentação era a mesma para elas e os pequenos.

Espaço na casa onde as crianças ficavam sob os cuidados de Caroline (Foto: Divulgação | PCMS)

Espaço na casa onde as crianças ficavam sob os cuidados de Caroline (Foto: Divulgação | PCMS) – 

No entanto, o juiz afirma que a versão da ré vai totalmente contra os vários depoimentos prestados pelas vítimas e testemunhas nos autos, deixando claro “seu caráter dissimulador”, já que na frente dos pais das crianças ou nas redes sociais ela aparentava ser uma pessoa diferente.

Caroline foi condenada a 42 anos e quatro meses de prisão em regime fechado pelo crime de tortura e mais 11 anos, sete meses e 14 dias de detenção em regime semiaberto pelos crimes de perigo à saúde e maus-tratos. O juiz pontuou, ainda, que ela possui personalidade agressiva, violenta, e “altamente dissimulada”, com isso, não concedeu o direito de recorrer em liberdade.

Já Mariana acabou sendo sentenciada a 16 anoa, 10 meses e 15 dias pelo crime de tortura, dois anos e 11 meses por perigo à saúde e mais um ano, cinco meses e 22 dias por maus-tratos, totalizando 21 anos, três meses e sete dias de detenção em regime semiaberto. Também sem substituição da pena

O magistrado também determinou que as mulheres façam a reparação dos danos causados para cada uma das vítimas no valor de R$ 10 mil.

Mariana quando foi presa após cumprimento de mandado em julho do ano passado (Foto: Divulgação | PCMS)

Mariana quando foi presa após cumprimento de mandado em julho do ano passado (Foto: Divulgação | PCMS)

CREDITO: CAMPO GRANDE NEWS

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