Morador de Paraíso que teria sido assassinado e corpo jogado no rio, aparece vivo e diz que “não se lembra de nada”
Mário Lima, 33 anos chegou ao distrito de Bela Alvorada, município de Paraíso das Águas, no início da noite desta quinta-feira(10) e causou um susto aos moradores da pequena comunidade, que acreditava que ele estaria morto há dez dias.
O jornalista Fernando de Brito que esteve na delegacia de Polícia Civil para continuar apurando o desaparecimento de Mário e a prisão de um suspeito pelo suposto crime, quando os policiais receberam a informação de que Mário havia chegado ao distrito, em um ônibus de linha interestadual.
Para tentar entender a história, os policiais se deslocaram rapidamente para o distrito, que fica a 30 km de Paraíso das Águas.
De fato, era Mário Lima que estava lá. Seu irmão, Geraldo Lima, estava na cidade, onde havia acabado de chegar das buscas no Rio Verde, a 70 km do município , tentando localizar o corpo do irmão, que estava desaparecido desde o dia 29 de maio.
Mário Lima foi conduzido à delegacia de Polícia Civil onde prestou esclarecimentos ao delegado Dr. Felipe Poter, investigadores e escrivão e confrontado com o seu “assassino” João Carlos Colman de Freitas, de 38 anos, conhecido como “João Mentira”, que fez jus ao seu apelido e conseguiu pregar uma peça nos policiais e na própria justiça.
João Mentira confessou ter assassinado Mário Lima com uma facada no tórax e depois jogado o corpo no Rio Verde com a ajuda do comparsa José Augusto Castro da Silva, de 44 anos, na madrugada do dia 30 de maio, um domingo.
Não só aos policiais civis, mas também ao próprio juiz e promotor em audiência de custódia. Ele deu detalhes do crime, que não aconteceu.
Ele negou conceder entrevista ao site BNC Notícias, mas foi indagado pelo jornalista, se houve alguma “pressão” para assumir o crime que não havia cometido. Ele afirmou que não e negou dar mais detalhes e o motivo de ter enganado a justiça e mobilizado até uma equipe do Corpo de Bombeiros para tentar localizar um corpo que não existia.
Para a polícia não há dúvidas, João Carlos, Mário e José Augusto estariam muito embriagados e se envolvido em uma aventura, que acabou resultando sim, em uma morte, o de José Augusto que acabou morrendo afogado, após o carro em que estava a dupla: José Carlos e José Augusto, um veículo Volkswagen Gol, duas portas, de cor branca, ter caído no Rio São João, próximo ao Assentamento Canaã em Rochedo (MS), distante 290 km de Paraíso das Águas, onde a dupla possui familiares.
João Mentira deixou o amigo morto no carro submerso e seguiu para Rochedo, com ferimentos na clavícula. Não informou à ninguém do ocorrido.
O carro e o corpo de José Augusto foram encontrados pela Polícia Militar de Rochedo no dia 07 de junho, última segunda-feira.
Segundo a polícia, o trio teria estado em Campo Grande (MS) e depois somente José Augusto e João Mentira teriam seguido para Rochedo, onde aconteceu a fatalidade.
A Polícia Civil de Paraíso das Águas já seguia as pistas dos principais suspeitos pelo desaparecimento de Mário Lima. Após receber a informação do acidente fatal em Rochedo, a equipe de policiais seguiram para aquela cidade, onde efetuaram a prisão de João Mentira, que confessou o crime e foi conduzido para Paraíso das Águas.
Com a afirmação e sem sombra de dúvidas dos depoimentos de João Mentira, a Polícia Civil acionou o 7º Subgrupamento de Corpo de Bombeiros de Chapadão do Sul para realizar as buscas no Rio Verde, local supostamente desovado o corpo. Na última quarta-feira, 9 de junho, as buscas foram realizadas durante todo o dia.
Geraldo Lima, o irmão de Mário Lima viveu mais de 10 dias de angústia e realizou várias buscas na região.
Para ele, alívio ao encontrar o irmão vivo, quando já não havia mais esperanças.
Mário Lima disse não recordar de nada que aconteceu, somente que esteve em Campo Grande, ficou em uma pousada até conseguir retornar para sua casa, no distrito de Bela Alvorada.
Fato é, o caso tomou repercussão nacional e difícil de compreender. “João Mentira” de fato é o gênio da mentira.
O correionews