Uma mulher de 40 anos, com a filha de três anos no colo, conseguiu fugir de agressões do marido e cárcere privado na noite deste sábado (15) em Camapuã, cidade a 140 quilômetros de Campo Grande. A Polícia Militar foi acionada com a denúncia de que a vítima chegou correndo em uma casa, com a filha no colo, onde pediu por socorro.

A vítima disse na delegacia que estava em casa e, por volta das 15 horas, seu marido chegou muito alterado e sem motivo começou a discutir com ela. Ela relata que há um mês, foi vítima de agressões físicas pelo marido.

Desta última vez, a vítima conta que não conseguiu fugir de casa e não queria deixar a filha com o autor. Consta no registro policial, que o homem de 40 anos, percebeu que a esposa queria fugir. Ela então foi trancada em um cômodo na residência.

Porém, por volta das 19h deste sábado, ela gritou na tentativa de que algum vizinho a escutasse e, em determinado momento, em um momento de distração do autor, ela conseguiu abrir o portão lateral que dá acesso à rua, puxar sua filha e sair correndo.

O autor ainda segurou a vítima vindo a rasgar a blusa dela. A mulher gritou pediu socorro, fato que assustou o autor. Com a filha nos braços e descalça, ela correu desesperada com medo de o autor alcançá-la pelas ruas da vila por onde corria sem rumo.

A mulher de 44 anos então conseguiu pedir ajuda a um grupo de pessoas próximas de uma residência. No local, estas pessoas acolheram a mulher e a criança de 3 anos e acionaram a Polícia Militar. As pessoas que acolheram a vítima disseram a equipe policial que por ao menos três vezes, o autor passou na frente da residência com um veículo Hilux prata. A vítima estava com ferimentos no pescoço, rosto e outras partes do corpo. “Minha mãe apanhou muito”, chegou a dizer a menina de três anos à polícia.

Em diligências atrás do autor, a polícia o encontrou em casa. Ainda de acordo com a polícia, o portão de acesso da frente da residência estava encostado e o autor foi localizado na garagem dos fundos com uma chave de fenda na mão.

Ainda de acordo com a PM, ele não colaborou com a equipe e inclusive levantou uma chave de fenda que estava em sua mão. Foi então necessário um disparo de elastômero (munição de borracha), para contê-lo. Ele então foi preso e levado à delegacia. Na delegacia, a vítima solicitou uma medida protetiva de urgência. O caso foi registrado como sequestro, cárcere privado e lesão corporal dolosa (violência doméstica).

Por Diego Alves