Prefeito de NY pede a Michelle que mande Bolsonaro se vacinar contra Covid.
Especialistas e políticos classificam imunização de Michelle Bolsonaro como desrespeito ao SUS
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, pediu nesta quarta-feira (29) à primeira-dama do Brasil, Michelle Bolsonaro, que mande o presidente Jair Bolsonaro se vacinar contra a Covid-19.
De Blasio compartilhou em uma rede social a notícia que a primeira-dama brasileira se imunizou nos Estados Unidos, quando foi para Nova York na comitiva brasileira para a Assembleia Geral da ONU.
“Mande seu marido se vacinar também para que ele deixe de ser um perigo para outras pessoas”, escreveu o prefeito nova-iorquino.
Para políticos e infectologistas, a opção de Michelle de se vacinar nos EUA, não no Brasil, é um “absurdo” e um “desprezo” ao SUS (Sistema Único de Saúde) e ao PNI (Programa Nacional de Imunizações).
De Blasio já havia criticado o presidente brasileiro outras duas vezes recentemente, porque Bolsonaro foi à Assembleia Geral da ONU, cuja sede fica em Nova York, sem ter se vacinado.
“Se você não quer se vacinar, nem precisa vir”, afirmou o político americano no dia 20. “Com os protocolos em vigor, precisamos enviar uma mensagem a todos os líderes mundiais, principalmente Bolsonaro, do Brasil, que se você pretende vir aqui, você precisa estar vacinado”.
Bolsonaro foi o único líder do G20 (grupo que reúne as maiores economias do planeta) a ir à ONU que publicamente diz que não se imunizou contra a Covid-19.
O presidente do Brasil participou do evento na ONU mesmo sem estar vacinado, mas não conseguiu frequentar outros locais fechados na cidade, pois Nova York exige que as pessoas apresentem um comprovante de imunização
No dia 23, o prefeito de Nova York comparou o presidente brasileiro ao príncipe Harry e sua esposa, Meghan Markle. “Não seja como Jair Bolsonaro, seja como Harry e Meghan. Vacine-se”.
Harry e Meghan participaram no sábado (25) do “Global Citizen Live”, uma transmissão de 24 horas no Central Park cujo intuito era pressionar os países por igualdade na distribuição de vacinas contra a Covid-19.
Globo.com