Variante da Covid-19 em MS: Infectologista conta tudo que você precisa saber para continuar prevenido
Primeiro caso da variante no Estado é um morador de MS que viajou para Manaus. (Foto: Reprodução)
Com a confirmação de um caso da variante do coronavírus em Mato Grosso do Sul, é preciso saber algumas informações para continuar se protegendo contra a Covid-19. Assim, o médico infectologista Hilton Alves Filho explica quais os conhecimentos que a Saúde já tem sobre a nova versão da doença e como manter a prevenção.
Na manhã da última quarta-feira (3), o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, anunciou o primeiro caso da Covid-19 com variante. O paciente veio para o Estado após passagem por Manaus, cidade onde foi encontrada a primeira confirmação da nova cepa. Outras 48 amostras de infectados estão sendo analisadas.
Assim, o infectologista destaca que existem duas informações que já foram confirmadas sobre a variante. “Sabemos que ela é mais transmissível”, ou seja, pode se disseminar mais rapidamente. Além disto, ele destacou que a variante P.1, tem carga viral maior.
Estudos recentes comprovam que a cepa de origem no Amazonas, têm uma carga viral 10 vezes maior em secreções colhidas por amostras RT-PCR do que a média vista em cepas anteriores.
A variação do vírus sobrevive por mais tempo nas superfícies?
De acordo com o profissional, não existem evidências de que as novas variantes permaneçam por mais tempo na superfície. Além disto, ressalta que cada vez mais sabemos que o risco de transmissão por superfícies é muito baixo.
“Então realmente apenas a utilização de máscaras, distanciamento e higienização das mãos pode barrar o coronavírus”. Entretanto, o médico destaca que a higiene é adequada. “A gente também não pode descuidar, porque elas são necessárias”.
Vale lembrar que o maior risco das superfícies é o contato com as mãos. “É a mão que leva o vírus da superfície para o olho, nariz ou boca quando elas não estão higienizadas”, explica.
Com a circulação das variantes, podem surgir dúvidas nos infectados se estão com as mutações do coronavírus ou a doença que já é conhecida. Entretanto, o infectologista informa que “ainda não existe essa diferenciação, a gente sabe que a doença Covid-19 é causada pelo coronavírus”.
Assim, ele destaca que sabemos apenas que “existe uma variabilidade enorme de sintomas”. Hilton explica que existe três formas mais comuns de quadros sintomáticos da Covid-19. A primeira e mais comum é a gripal, quando ocorre coriza, tosse e dor de garganta.
“Tempo a Covid-19 que parece muito um quadro de dengue”. Estes infectados sentirão mais dores no corpo, juntas e dor de cabeça. E por fim, existe a forma pulmonar, que é quando os sintomas do coronavírus se assemelham com uma pneumonia. Nestes casos existem secreções, dificuldade para respirar e peso no peito.
O que fazer para se proteger da variante da Covid-19?
De acordo com o médico, “o grande problemas são os velhos hábitos”. Ele lembra que “as pessoas abandonam muito facilmente o uso das máscaras, negligenciam a higienização das mãos e o uso do álcool em gel”.
Então, o infectologista destaca que o uso indevido das máscaras, como embaixo do pescoço, com o nariz a mostra, folgada, “tudo isso facilita para que o coronavírus continue circulando na nossa sociedade”. Ele cita também o distanciamento como uma medida de frear a disseminação do vírus.
No entanto, lamenta que “ainda exista uma negação das pessoas de não seguir as recomendações. Sempre estão encontrando pessoas, viajando para casa de familiares, inclusive pessoas do grupo de risco”.
Por fim, o médico destaca que independente das variantes que estejam circulando, as pessoas devem manter todas as recomendações de biossegurança. “Só com uma vacinação de grande parte da população é que a gente vai poder voltar para nossa vida normal”.
Fonte: Midiamax