MS é um dos estados que mais produzem energia solar e nova usina em Cassilândia terá capacidade para abasteccer 1.800 residências

Desde 2017 Mato Grosso do Sul vem expandindo o sistema de energia solar. Em 2019 o crescimento de micro e mini usinas fotovoltaicas de geração chegou a 400%.

Para se ter uma ideia, entre março de 2020 e outubro deste ano o número de painéis fotovoltaicos passou de 6.641 para 21.309, segundo Edmir José Bosso, responsável pelo documento Panorama Energético de Mato Grosso do Sul, publicado pela Semagro (Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), que afirma que atualmente, o MS gera mais energia do que consome e está em um acelerado processo de implantação de novas usinas de fontes renováveis, como a solar, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.

Em Cassilândia

No mês passado começaram as obras de uma nova usina de energia solar, aqui em Cassilândia, que deve entrar em operação em fevereiro de 2022, com capacidade para abastecer 1.800 residências (produzindo 292 MWh/mês). O empreendimento é uma iniciativa da Ambiental MS Pantanal – empresa que surgiu da Parceria Público-Privada (PPP) entre a Sanesul e o Grupo Aegea.

De acordo com o diretor-presidente da MS Pantanal, Celso Paschoal, o investimento em recursos sustentáveis faz parte dos termos da PPP, que prevê investimentos de mais de R$ 1 bilhão na universalização do sistema de esgotamento sanitário e ações sustentáveis nos próximos 30 anos.

A região Leste do estado é a mais procurada para investimentos em energia solar, em razão das temperaturas médias, que são as mais altas do país e com longos períodos de insolação, explica Bosso. “Mato Grosso do Sul já é referência na produção de energia renovável, sem nenhum impacto ambiental. E avança ainda mais na implantação de usinas de energia solar”.

Mato Grosso do Sul possui 20 usinas movidas a biomassa (bagaço) de cana-de-açúcar (potência) de 1.155,0 MW, 44 pequenas centrais hidrelétricas (705,5 MW), cinco usinas de gás natural (640,0 MW), duas usinas de biomassa (cavacos) de eucalipto (496,0 MW), e 21.309 placas de energia solar (233,5 (MW). Há, ainda, as hidrelétricas híbridas que produzem energia para Mato Grosso do Sul e São Paulo: Jupiá, Ilha Solteira e Porto Primavera, com geração de 6,541 MW. Há também três projetos de PCHs e 1 usina/carvão em processo de licenciamento ambiental.

Incentivo

Para incentivar a expansão da energia solar em MS, o governo estadual prorrogou o prazo do benefício fiscal para isenção do ICMS nas operações com equipamentos destinados à geração de energia solar até 30 de abril de 2022. Em visita recente ao Estado, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, destacou a expansão em MS. “Mato Grosso do Sul tem se destacado em âmbito nacional por criar um ambiente de negócios favorável a investimentos. O Estado é referência em energia renovável, seja ela da biomassa, seja ela solar”, disse.

A energia solar fotovoltaica no Brasil tinha capacidade instalada de 10,3 GW em julho deste ano. Em 2020 o Brasil era o 14° país do mundo em termos de potência instalada de energia solar (7,8 GW), favorecido pela maior incidência de irradiação solar do mundo.

O ranking dos maiores estados geradores por potência instalada inclui Minas Gerais (1 GWp), São Paulo (742 MWp), Rio Grande do Sul (728 MWp), Mato Grosso (444 MWp), Paraná (341 MWp) e Mato Grosso do Sul (233,5 MWp).

Com informações de Edmir Conceição, Subcom (ms.gov.br)

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