Brasil começa a normalizar a entrega de fertilizantes

A duas semanas do início do plantio da safra de verão, a entrega de fertilizantes começa a se normalizar no Brasil. Após crescer 17% no primeiro semestre (no comparativo com o mesmo período do ano passado), a importação do produto dá sinais de desaceleração.

No comparativo com agosto do ano passado, por exemplo, o volume de importação de fertilizantes pelo Brasil deve, inclusive, recuar. É o que apontou o diretor de conteúdo do Canal Rural, Giovani Ferreira, ao apresentar o boletim ‘AgroExport’ exibido na edição desta terça-feira (30) do telejornal ‘Mercado & Companhia’.

“Devemos importar menos”, sinalizou Ferreira. “Vamos sair da casa dos 4 milhões de toneladas entregues em agosto de 2021 para 3 milhões [t] ou 2,1 milhões de toneladas em agosto de 2021”, prosseguiu o apresentador do ‘AgroExport’.

O dado referente ao mês atual reforça a projeção apresentada pelo próprio Giovani Ferreira na edição do ‘AgroExport’ que foi ao ar em 27 de julho. Na ocasião, ele reforçou que, na verdade, o Brasil havia antecipado as compras de fertilizantes — com isso, a queda em termos de toneladas importadas já era esperada.

“Antecipamos as compras por causa desse temor da falta de fertilizantes em decorrência do conflito do leste europeu”, comentou o diretor do Canal Rural, ao lembrar que a Rússia é uma grande fornecedora do produto. “Mesmo com agosto menor, devemos, na parcial do ano, ficar igual ao mesmo período do ano passado”, observou.

Com o cenário que se desenha, Ferreira acredita que 2022 tende a ser similar a 2021 na questão de toneladas importadas de fertilizantes. No ano passado, ressalta-se, o volume foi de 41,29 milhões de toneladas. “Vamos reduzir neste segundo semestre, mas devemos ter uma marca muito próxima a do ano passado”, estimou.

Custo de fertilizantes aumentou para o produtor rural

A importação de fertilizantes está se normalizando, mas a conta para o produtor rural brasileiro está longe de se normalizar no quesito custos com compra de fertilizantes. No consolidado de 2021, o desembolso total com o produto foi de US$ 15,4 bilhões. De janeiro até a terceira semana de agosto, com volume de 26 milhões de toneladas, o desembolso já é superior: US$ 17,8 bilhões.

“O problema maior fica com o produtor, que é o custo desses fertilizantes. Lembrando que a tonelada saiu, de antes da guerra na Ucrânia, de US$ 300, US$ 350 para US$ 1 mil”, informou o apresentador do boletim ‘AgroExport’. “Agora, esse valor recuou um pouco, para a casa dos US$ 700, o que representa o dobro do preço de antes”, complementou o diretor do Canal Rural.

FONTE: CANAL RURAL

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.