Cachorrinha morre após ingestão de petisco em MS
Uma tutora, que prefere não ser identificada, procurou a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat) após a cachorra de estimação dela morrer depois de ingerir o petisco “Dental Care”.
A cadela morreu no início de agosto, em Campo Grande, porém a tutora só decidiu procurar a polícia nessa terça-feira (6), após tomar conhecimento de outros casos semelhantes no Brasil.
Uma tutora, que prefere não ser identificada, procurou a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat) após a cachorra de estimação dela morrer depois de ingerir o petisco “Dental Care”.
A cadela morreu no início de agosto, em Campo Grande, porém a tutora só decidiu procurar a polícia nessa terça-feira (6), após tomar conhecimento de outros casos semelhantes no Brasil.
Uma tutora, que prefere não ser identificada, procurou a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e de Atendimento ao Turista (Decat) após a cachorra de estimação dela morrer depois de ingerir o petisco “Dental Care”.
A cadela morreu no início de agosto, em Campo Grande, porém a tutora só decidiu procurar a polícia nessa terça-feira (6), após tomar conhecimento de outros casos semelhantes no Brasil.
A cachorra chamava Chloe, era da raça spitz alemão e tinha cinco anos. Segundo depoimento da tutora, antes da ingestão do petisco a cadela estava em excelente estado de saúde. No dia 29 de julho, ela deu o petisco “Dental Care” ao animal. Horas depois a cadela ficou abatida e inerte.
No dia seguinte, Chloe vomitou várias vezes, mas permaneceu estável apesar disso. Contudo, em 31 de julho, a cachorra piorou e no dia seguinte a tutora a levou até uma clínica veterinária. Após ser avaliada, a cadela foi encaminhada para uma outra clínica, esta especializada em tratamento intensivo.
De acordo com o boletim de ocorrência, a cachorra permaneceu internada no local até morrer no dia 5 de agosto. De acordo com a clínica veterinária, a causa da morte foi falência renal e parada cardiorrespiratória.
Após tomar conhecimento dos outros casos semelhantes pelo Brasil, a tutora decidiu comparecer à delegacia especializada para relatar o ocorrido.
Na segunda-feira (5), a Polícia Civil de Minas Gerais informou que recebeu relatos de aproximadamente 40 mortes de cachorros no Brasil após a ingestão de petiscos com suspeita de contaminação.
Entenda
Três marcas de petiscos são investigadas por suspeita de contaminação: Dental Care, Every Day e Petz Snack Cuidado Oral. Todos são de fabricação da empresa Bassar.
Na sexta-feira (2), a Polícia Civil de Minas Gerais informou que, em um dos petiscos entregues à delegacia por tutores de animais que passaram mal ou morreram, foi identificada a presença de monoetilenoglicol.
A substância, que é tóxica e pode levar à insuficiência renal, já tinha sido detectada por meio de necropsia realizada pela Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) em um dos cãezinhos mortos.
Ainda na sexta-feira, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) determinou o recolhimento nacional de todos os lotes de produtos da Bassar e a interdição da fábrica, em Guarulhos (SP).
Na segunda-feira (5), a pasta informou que determinou a fiscalização dos estabelecimentos distribuidores.
“O Mapa orienta que formalizem as denúncias junto à Ouvidoria do Ministério munidos de informações sobre lote e data de fabricação dos produtos suspeitos. Já para fins de ressarcimento, consumidores devem entrar em contato com o fabricante ou com o estabelecimento”, afirmou, em nota.
A Bassar anunciou, na quarta-feira (7), que está realizando um recall de todos os produtos comercializados pela marca. A empresa pede aos consumidores que entreguem no local de venda os itens adquiridos anteriormente.
Veja a seguir a nota na íntegra:
“A Bassar Pet Food informa que decidiu interromper a produção de sua fábrica até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos. A empresa também está contratando uma empresa especializada para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e do maquinário em sua fábrica, em São Paulo.
De modo preventivo, a companhia já estava recolhendo os lotes de duas linhas de alimentos, mas procederá agora ao recolhimento de todos os produtos da empresa nacionalmente, conforme determinação do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento.
A Bassar esclarece que ainda não teve acesso ao laudo produzido pela Polícia Civil de Minas Gerais, mas está colaborando totalmente com as autoridades desde o início dos relatos sobre os casos. A empresa enviou amostras de produtos para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade de seus produtos sob investigação.
Além disso, acionou todos os seus fornecedores para que façam o rastreamento dos insumos utilizados para afastarem a hipótese de algum tipo de contaminação.
A empresa está solidária com todos os tutores de pets – nossos consumidores e razão de nossa empresa existir. Somos os maiores interessados no esclarecimento do caso. Por isso, a empresa vem tomando todas as providências para investigação dos fatos. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br.”
Por Renata Barros e Gustavo Arakaki, g1 MS e TV Morena