Chacina na fronteira de MS: Seis brasileiros foram presos com carros, joias e drogas em casa
Além dos seis brasileiros presos nesta segunda-feira (11) durante operação que apura a chacina ocorrida na fronteira,a Polícia Nacional Paraguaia apreendeu três carros, outros três documentos de veículos, celulares, joias e 74 gramas de maconha.
O nomes dos presos foram divulgados pelo site local Capitán Bado: Hywulsson Foresto, Juares Alvers da Silva, Luis Fernando Armani e Silva Simões, Gabriel Veiga de Souza, Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo e Douglas Ribeiro Gomes.
Os veículos apreendidos também são brasileiros, sendo um Fiat Uno cinza, um Volkswagen não identificado na cor branca e um Fiat Polo cinza.
Os mandados de busca e apreensão e prisão foram expedidos pelo juiz criminal do Segundo Turno da Comarca de Amambay, Juan Martín Areco Torraca, para que fossem cumpridos apreensão de veículos de procedência duvidosa, suposta posse de maconha, entrada em domicílio e elementos processuais de quádruplo homicídio. Os presos foram transferidos para o Departamento de Investigações de Amambay.
Carro furtado
O carro utilizado pelas vítimas da chacina tem placas da cidade de Navegantes, em Santa Catarina, e registro de furto. O veículo foi atingido por pelo menos 100 tiros fuzil de vários calibres.
Trata-se de uma Chevrolet Trailblazer, ano e modelo 2016. A suspeita é de que o carro era dirigido por Osmar Vicente Álvarez Grance, vulgo ‘Bebeto’, que seria o alvo do atentado.
Já a caminhonete Toyota Hilux encontrada incendiado em uma estrada vicinal na Colônia Virgen de Caacupé, não tem registro de roubos ou furtos, e tem placas de Várzea Paulista-SP.
“Briga interna”
O subcomandante da Polícia Nacional do Paraguai, coronel Gilberto Fleitas, afirmou ao ABC Color que não há relação da chacina com outros ataques acontecidos na fronteira, em referência à morte do vereador de Ponta Porã Farid Affif, também no sábado (9).
Conforme apurado pela Futura Fm, de Amambay, a residência fica na colônia Cerro Cora’i, e está há uma quadra da fronteira. Segundo o chefe policial da operação, todos são brasileiros.
O atentado que matou quatro pessoas estaria relacionado a um conflito interno entre ‘Bebeto’ – Osmar Vicente Álvarez Grance -, uma das vítimas, e um grupo dedicado ao narcotráfico no Brasil. “Seria mais uma questão interna ligada ao mercado brasileiro. Haveria um confito com esta pessoa, Bebeto”, afirmou.
A caminhonete foi localizada em uma estrada vicinal na Colônia Virgen de Caacupé, após moradores acionarem a polícia. Chegando ao local, os policiais verificaram que o veículo tinha características similares ao que teria sido utilizado no atentado e foi identificado durante as investigações.
O diretor da polícia de Amambay Carlos Miguel López Russo, foi pessoalmente ao local do achado. A caminhonete tem placa brasileira e trata-se de uma Toyota Hilux, ano 2014/2015, da cidade de Bauru-São Paulo.
O veículo foi encontrado horas depois de membros da equipe de investigação afirmar que tinham fortes indícios para esclarecimento do crime, mas que não daria maiores informações para não atrapalhar o andamento.
Chacina
A estudante de medicina, Kaline Reinoso, de 21 anos, foi uma das vítimas da chacina ocorrida em frente a uma casa de eventos em Pedro Juan Caballero. Ela era moradora de Dourados e estava acompanhada de outra estudante de medicina identificada como Rhannye Jamilly.
Elas estavam no mesmo grupo de Osmar Vicente Álvarez Grance, o Bebeto, e da filha do governador do Departamento de Amambay, Haylée Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos, que também morreram no atentado. De acordo com a Polícia Nacional, foram mais de 100 disparos de fuzil de vários calibres e não há pistas dos assassinos.
Midiamax