Jovem com suspeita de varíola dos macacos segue internado em Corumbá
O jovem de 16 anos, considerado o primeiro caso suspeito de varíola dos macacos em Mato Grosso do Sul, segue isolado e foi indicado que ele pode estar com síndrome rara. O hospital onde ele segue internado aguarda resultado de outros exames.
Em áudio do diretor técnico da Associação Beneficente de Corumbá, Dr. Eduardo Alves Ribeiro, diz que o resultado de novos exames ainda são aguardados. “O paciente continua estável, aguardando resultado, tratando infecções sobrepostas e as lesões estão bem melhores”, diz.
Em última nota divulgada na terça-feira (31), a Santa Casa de Corumbá ainda não descartou o diagnóstico de Monkeypox, popularmente conhecida como a varíola dos macacos.
“[O paciente] encontra-se clinicamente estável, isolado e monitorizado em ambiente de terapia intensiva e com conduta terapêutica adequada. De acordo com o histórico clínico do paciente, bem como as características das lesões, a equipe de profissionais médicos da Santa Casa de Corumbá acredita ser pouco provável a infecção pelo referido vírus”, diz trecho de nota.
O hospital relata que ele pode estar com Síndrome de Dress ou para caso de Psoríase Pustulosa, doença dermatológica caracterizada por múltiplas lesões de pele. “Reiteramos que todas as medidas estão sendo tomadas para elucidar o diagnóstico do paciente”, afirma a Santa Casa.
O que é a Síndrome de Dress?
A síndrome de hipersensibilidade a drogas com eosinofilia e sintomas sistêmicos — síndrome de Dress — é uma rara reação adversa a drogas com potencial de morte e sequelas em longo prazo. Os anticonvulsivantes aromáticos estão entre os medicamentos mais relacionados.
O que se sabe até agora sobre a varíola dos macacos
Originalmente conhecida como Monkeypox, a varíola dos macacos é uma doença endêmica da África e recentemente tem causado alerta no mundo por conta de infecções registradas desde o início de maio na América do Norte e Europa. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), até semana passada eram 131 casos confirmados e 106 suspeitos em todo o mundo.
O que chama atenção das autoridades mundiais em saúde é que essa é a primeira vez que a doença causa surto em várias partes do mundo sem que os pacientes com a doença tenham viajado para a África.
De acordo com o Instituto Butantan, a varíola dos macacos pode ser definida como uma “doença febril” aguda, que ocorre de forma parecida à da varíola humana.
Principais formas de contágio da varíola dos macacos
A infecção pelo vírus se dá de três formas: em contato com um macaco infectado com o vírus, com outra pessoa doente e também com materiais contaminados. De pessoa para pessoa, o vírus é transmitido no contato com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.
Portanto, as formas mais comuns de contágio são as seguintes:
• do contato com roupas ou lençóis (como roupas de cama ou toalhas) usados por uma pessoa infectada;
• do contato direto com lesões ou crostas de varíola de macaco;
• da exposição próxima à tosse ou a espirro de um indivíduo com erupção cutânea de varíola.