Operação da PF com alvo em MS identificou fraudes em licitações para hospital de campanha

A Polícia Federal de São Paulo realizou duas operações simultâneas nesta quarta-feira (21), com mais de 20 alvos, entre empresários, ex-servidores e contratados, envolvidos em esquema de fraude de licitações, entre eles um morador em Três Lagoas. São apurados 6 contratos que ultrapassam R$ 53 milhões, relacionados ao hospital de campanha de Guarulhos (SP).

Em entrevista coletiva, falaram os delegados Márcio Magno Carvalho Xavier, das investigações de combate ao crime organizado, e Fabrício Alonso Martinez, da Delecor (Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros). Com alvos semelhantes, as operações foram denominadas Covil-19 e Florença – uma segunda fase da Operação Veneza realizada em fevereiro.

Ao todo foram 21 mandados de busca e apreensão pela Covil-19, além de medidas cautelares diversas da prisão. Para pessoas jurídicas, foi determinada proibição de contratação com administração pública e, para pessoas físicas, a entrega do passaporte e proibição de deixar o país. A Operação Florença cumpriu 2 mandados de busca. Entre itens apreendidos estão documentos, computadores, celulares e veículos.

Contratos fraudulentos

De acordo com os delegados, a operação, que cumpriu mandado em Três Lagoas, atua no combate ao desvio dos recursos públicos em relação a 6 contratos feitos pela Prefeitura de Guarulhos (SP), através da Secretaria de Saúde. Os contratos são relacionados ao hospital de campanha, instalado em 2020, para atender às demandas de infectados pelo coronavírus.

Os valores dos contratos ultrapassam os R$ 53 milhões e, agora, a PF analisa o rastro do dinheiro, para identificar os atos de corrupção e desvios. Os contratos eram dos mais diversos serviços, como prestação de serviço médico, montagem de estrutura do hospital de campanha, leitos de UTI, até mesmo alimentação para colaboradores.

Entre as fraudes foram identificados o direcionamento para determinadas empresas, participação de empresas fictícias e sem capacidade técnica mínima para funcionamento, além do sobrepreço de serviços e a sobreposição de contratos. Ou seja, o mesmo serviço foi contratado várias vezes.

Os envolvidos são investigados pelos crimes de associação criminosa, fraude em licitação, corrupção ativa, corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Informações obtidas pela PF revelaram que parte expressiva dos valores foi repassada para microempresa sediada em Minas Gerais.

Os mandados foram cumpridos em residências, empresas e órgãos públicos em Artur Nogueira (SP), Campinas (SP), Guarulhos (SP), Monte Mor (SP), São Caetano do Sul (SP), São Paulo (SP), Três Lagoas (MS) e Teófilo Otoni (MG).

Fonte: Midiamax

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