Palmeiras bate São Paulo no Morumbi e derruba série invicta de Ceni em clássicos

Efetivo e seguro defensivamente, o Palmeiras aproveitou dez minutos perfeitos no começo da partida para derrotar o São Paulo, por 1 a 0, no Morumbi, na noite desta quinta-feira. Rony marcou no início do jogo o gol que assegurou o triunfo e manteve o time de Abel Ferreira invicto e com a melhor campanha entre os 16 times do Campeonato Paulista mesmo com uma partida a menos. O técnico português venceu Ceni pela primeira vez e o ex-goleiro amargou sua primeira derrota em clássicos desde que reassumiu o clube tricolor.

No Morumbi com mais de 46 mil são-paulinos, o Palmeiras mostrou eficiência no ataque e uma enorme segurança defensiva. No segundo tempo, caiu de produção, exibiu um repertório ofensivo limitado – com Veiga muito abaixo do normal – e segurou-se como pôde diante de um São Paulo que lamenta o resultado, mas não a performance, porque produziu, especialmente no segundo tempo, para ao menos sair do estádio com o empate.

Líder do Grupo B, com 17 pontos, o São Paulo tem compromisso pelo Paulistão no domingo, às 16h, quando encara o Mirassol fora de casa. Único invicto do torneio e dono da melhor campanha geral, com 23 pontos, o Palmeiras continua sua sequência de clássicos contra o Santos, domingo, às 18h30, no Allianz Parque. Na quinta-feira, encara o Corinthians, também em casa.

Ao contrário do Corinthians, o Palmeiras começou o duelo com o São Paulo de forma fulminante. Foram dez minutos avassaladores do time de Abel Ferreira, que encurralou o rival e chegou três vezes ao gol. Mandou uma finalização de fora da área em jogada ensaiada, acertou a trave com Wesley e achou seu com gol com Rony.

Aos nove minutos, Marcos Rocha cruzou da direita e o atacante se antecipou a Arboleda para cabecear com força no canto. A bola bateu na trave e nas costas de Tiago Volpi antes de entrar. Naquele momento, o Palmeiras chegou a ter 78% de posse de bola. E montou a armadilha para marcar mais um. Rony chegou a balançar as redes de novo, mas estava impedido.

Os visitantes se retraíram demais e optaram por dar a bola ao São Paulo. Ocorre que o time tricolor até equilibrou as ações, mas não levou perigo ao gol de Weverton, com exceção em um arremate de longe da intermediária de Rodrigo Nestor defendido com segurança pelo goleiro palmeirense.

Embora Abel tenha o time nas mãos e os atletas se movimentem de forma coordenada, como quer seu treinador, o Palmeiras recuou demais na segunda etapa. Deu muito campo aos donos da casa e passou a sofrer diante do rival, que retornou mais agressivo e com outra postura do intervalo.

Weverton, a trave e uma pontaria descalibrada impediram que o São Paulo alcançasse o empate e até a virada. O time de Ceni pressionou com chutes de longe, cruzamentos e a individualidade de seus jovens, mas foi parado por Weverton, que defendeu as conclusões de Rodrigo Nestor e Calleri em sequência, e o travessão, onde explodiu o bonito e angulado chute de Marquinhos

Os visitantes se armaram para contra-atacar, tiveram espaços para isso, mas não encaixaram um contragolpe sequer. Sorte dos palmeirenses que a pressão são-paulina foi reduzida após a expulsão de Rafinha e o placar foi mantido até o final com lastro em uma forte defesa, uma das melhores do futebol sul-americano, e também graças a uma dose de sorte.

FICHA TÉCNICA:

SÃO PAULO 0 X 1 PALMEIRAS

SÃO PAULO – Tiago Volpi; Rafinha, Diego Costa (Reinaldo), Arboleda e Léo; Pablo Maia, Rodrigo Nestor, Igor Gomes (Marquinhos) e Gabriel Sara (Patrick); Calleri e Eder (Luciano). Técnico: Rogério Ceni.

PALMEIRAS – Weverton; Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Murilo e Piquerez; Danilo, Zé Rafael (Jailson) e Raphael Veiga (Atuesta); Wesley (Breno Lopes), Dudu (Gabriel Veron) e Rony (Rafael Navarro). Técnico: Abel Ferreira.

GOL – Rony, aos 9 minutos do primeiro tempo.

ÁRBITRO – Douglas Marques das Flores.

CARTÕES AMARELOS – Arboleda e Luciano (São Paulo), Zé Rafael e Piquerez (Palmeiras)

CARTÃO VERMELHO – Rafinha (São Paulo).

PÚBLICO – 46.378 presentes.

RENDA – R$ 1.770.193,00.

LOCAL – Estádio do Morumbi.

Gazetaesportiva

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