Preços do boi, milho e soja batem recordes; veja notícias desta quarta
Boi: arroba chega ao maior valor da história no indicador do Cepea
O indicador do boi gordo do Cepea registrou o maior valor nominal da história na série. A arroba passou de R$ 289,7 para R$ 292,35, em uma alta diária de 0,91%. Dessa forma, no acumulado de 2021, a cotação já subiu 9,43%. A oferta restrita de boiadas segue dando o tom do mercado, e a consultoria AgroAgility já reportou negócios a R$ 300 por arroba.
No mercado futuro, os contratos de boi gordo negociados na B3 também tiveram um dia de alta expressiva. O vencimento para janeiro passou de R$ 292,45 para R$ 295,55 e para fevereiro subiu de R$ 291,90 para R$ 295,50 por arroba.
Milho: saca renova recorde pelo quinto dia consecutivo
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), subiu de R$ 84,96 para R$ 85,22 por saca, um avanço diário de 0,3%. Dessa forma, no acumulado de 2021, a cotação já subiu 8,4%.
Portanto, o indicador renovou a máxima histórica da série do Cepea pelo quinto dia consecutivo. A alta ocorreu mesmo em um dia de queda expressiva das cotações em Chicago. A valorização do dólar em relação ao real ajudou a sustentar os preços.
Soja: preços renovam máximas mesmo com queda em Chicago
Assim como no caso dos indicadores do boi e do milho do Cepea, o da soja negociada no porto de Paranaguá (PR) renovou o valor máximo da série histórica. A saca passou de R$ 170,72 para R$ 171,29, uma alta de 0,3%. No acumulado do ano, a cotação já chega a uma valorização de 11,3%.
O cenário ocorreu mesmo com uma queda expressiva em Chicago, que chegou a superar 2%. Repetindo a movimentação do milho, a desvalorização da moeda brasileira em relação ao dólar colaborou com os preços no mercado doméstico.
Café: cotações ficam sustentadas no Brasil apesar de baixa em Nova York
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, as cotações do café no Brasil tiveram um dia de preços firmes, apesar da baixa do arábica em Nova York. A alta do dólar em relação ao real compensou a queda do café no exterior.
Segundo a análise da empresa, o dia teve uma movimentação maior nos negócios, sobretudo do lado dos vendedores. A sustentação das cotações foi dada pela necessidade dos compradores, com destaque para os cafés mais finos e com certificado. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 635/640, após ter ficado em R$ 630/635 no dia anterior.
No exterior: bolsas sobem com secretária do Tesouro dos EUA defendendo estímulos
As bolsas europeias e os índices futuros norte-americanos abrem esta quarta-feira em alta. O dia é marcado pela posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden. Os mercados reagiram positivamente às falas da nova secretária do Tesouro, Janet Yellen, que defendeu um amplo pacote de gastos ontem no Congresso norte-americano.
Dessa forma, os investidores agora aguardam novas sinalizações de Joe Biden em relação ao seu plano de estímulos, que ele havia anunciado a intenção de chegar a US$ 1,9 trilhão. Yellen reafirmou a necessidade de que os congressistas aprovem medidas fortes de gastos para reativação da economia nos EUA.
No Brasil: riscos fiscais e incerteza política voltam a pressionar o câmbio
Com a aproximação das eleições para presidência da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, os riscos fiscais e a incerteza política voltam a pressionar o câmbio. Um dos candidatos, o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), indicou que uma extensão do auxílio emergencial deverá ser discutida em virtude da piora da pandemia.
Os investidores monitoram atentamente a disposição do governo e do Congresso em não aumentar as despesas obrigatórias e cumprir o Teto de Gastos. Cada vez que o Teto é ameaçado, o real se desvaloriza em relação ao dólar. Na terça-feira, 19, a moeda norte-americana subiu 0,77%, a R$ 5,3456.
Fonte: Canal Rural