Trabalhadores fazem carreata para pedir redução do ICMS cobrado por Reinaldo

Depois que o Governo do Estado alterou decreto e ampliou toque de recolher, setores decidiram fazer uma carreata na manhã desta quinta-feira (25) em Campo Grande. Com as restrições durante a pandemia, comerciantes e motoristas de aplicativo pedem a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços). Donos de academias também participam da manifestação e pedem que estabelecimentos sejam considerados essenciais. 

O grupo se reuniu nesta manhã no estacionamento do Yotedy e deve seguir em carreata rumo à Governadoria e, em seguida, à Prefeitura de Campo Grande. Participam do movimento a AAMS (Associação de Academias de Mato Grosso do Sul), a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e motoristas de aplicativo. 

O presidente da CDL, Adelaido Vila, explica que os comerciantes buscam estabelecer um diálogo com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). Ele afirma que o setor quer apresentar as necessidades para sobreviver durante a pandemia, principalmente agora que os estabelecimentos estão fechados. 

“Nosso varejo está sangrando na UTI e sem respirador”, disse. Vila ainda ressalta o pedido para redução do ICMS. Ele explica que, quando o produto passa pela fiscalização, o comerciante paga o imposto. Com as portas fechadas, lojistas estariam pagando por impostos mesmo sem vender os produtos. 

Adelaido ainda afirma que o Governo do Estado não cedeu nada em favor dos comerciantes. Ele diz que a transmissão do coronavírus acontece principalmente nas aglomerações e não no comércio. 

Carreata

Os motoristas de aplicativo também pedem pela redução do ICMS, diante do aumento do preço da gasolina. Eles afirmam que desde a última carreata não houve qualquer sinalização de diálogo com o Governo. Os motoristas ainda reclamam dos aplicativos, que não reajustam as tarifas há anos, mesmo com o aumento do preço dos combustíveis. 

Representante da associação de academias, Marcos Freire explica que a reivindicação do setor é pela inclusão como serviço essencial. Ele afirma que as academias devem ser consideradas como serviço essencial, assim como a profissão de educação física. 

“A gente, como profissionais, somos essenciais assim como fisioterapeutas e outros que atuam na saúde. Por que nas academias a atividade não é considerada essencial?”, questiona.

Nas redes sociais, o infectologista da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) Julio Croda comentou sobre o protesto dos empresários contra o fechamento dos estabelecimentos em MS. O médico, que é referência no estudo do coronavírus no Brasil, afirma que os comerciantes precisam de apoio durante o momento da pandemia, mas ressaltou que o momento é de cautela diante da falta de leitos para pacientes.

“Acredito que temos que negociar ações compensatórias para o setor como corte de impostos, financiamentos e pacote de apoio com compromisso de manter os empregos. Mas não acho ético e justo com a população nesse momento que falta leitos tanto no setor público e privado organizarem uma carreta contra as medidas restritivas”, comentou.

Fonte: midiamax.com.br

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