Vereadora é cassada por receber salário enquanto viajava para Brasília

Foi cassado na noite de ontem (28) em Chapadão do Sul – cidade localizada a 321 km de Campo Grande – o mandato de vereadora de Katiusce Martins Nogueira (MDB), em sessão na Câmara Municipal local. Ela teve seis votos contra sua cassação, mas acabou perdendo o mandato com seis votos a favor da medida.

A emedebista foi denunciada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por ter recebido pagamentos como servidora pública – atua na função de psicóloga – ao mesmo tempo em que esteve em Brasília (DF) participando de congresso.

Ainda conforme a denúncia, ela não teria aberto mão dos pagamentos e, assim, recebeu salário mesmo sem cumprir toda a carga horária de oito horas por dia a qual deveria cumprir. Diante da situação, a Câmara também resolveu abrir processo interno contra a vereadora, por quebra de decoro parlamentar.

Conforme a defesa de Katiuscia, que usa o nome político de Ká Nogueira, a denúncia era frágil e não demonstrava nenhuma má-fé por parte da vereadora, segundo relata o site MS Todo Dia. Em contraponto, a presidente da Casa frisou que não houve perseguição à colega e o motivo da abertura do processo foi o recebimento de ofício do MP.

Ká Nogueira é de Cassilândia e foi eleita em 2020 com 374 votos. Psicóloga formada, ela tem 46 anos e era uma dos nove parlamentares que compõe o Legislativo municipal de Chapadão do Sul. Ela e a Alline Tontini, presidente da Câmara, são as únicas mulheres a ocupar cadeira na atual legislatura sul-chapadense.

A cassação de Nogueira ainda precisa ser publicada em Diário Oficial para ser válida. Ká também ainda pode recorrer judicialmente da decisão e voltar à Casa, mas enquanto isso não ocorre, ela deve ser substituída por Almira Conelhero Alves Souza, conhecida como Professora Almira, que recebeu 373 votos em 2020, ficando como suplente.

CAMPO GRANDE NEWS

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