Violência no trânsito: três mulheres morrem em Campo Grande em 4 dias

Em quatro dias, o trânsito de Campo Grande, matou três mulheres em acidentes e uma atropelada por um motorista bêbado. Karolayne Talia de Souza, de 23 anos, morreu após ter a moto atingida por um motorista, na Avenida Nelly Martins, no dia 12 deste mês.

Já na madrugada de quinta-feira (13) Michelli Alves Custódio, de 36 anos, morreu atropelada em frente a sua casa. Os filhos de 8 e 10 anos viram no corpo da mãe ser arremessado pelo motorista que confessou ter passado 9 horas bebendo antes de pegar na direção do veículo Renault Sandero. 

Na madrugada deste sábado (15), o trânsito vez mais uma vítima. Graciele Rosa da Silva Pereira, de 33 anos, morreu após bater a motocicleta na traseira de um Fiat Pálio parado no semáforo. 

Estatísticas da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) mostram que de janeiro até o outubro foram registrados 42 mortes no trânsito em Campo Grande, neste ano de 2022. 

No mesmo período do ano passado foram 46 mortes no trânsito da Capital e no ano todo 100 pessoas perderam a vida. 

Morte de Karolayne

Karolayne seguia em uma motocicleta Biz, de cor vermelha, pela Avenida Nelly Martins quando colidiu contra um carro VW Gol que teria furado o sinal vermelho. A jovem morreu no local.

Testemunhas informaram que flagraram quando o condutor do carro furou o sinal vermelho, em seguida a jovem tentou frear, mesmo assim acabou colidindo contra o veículo.

Um homem, que preferiu não se identificar disse que chegou a ouvir o barulho da freada da motocicleta, em seguida houve a colisão. “O sinal estava aberto para ela e o cara cruzou o semáforo vermelho igual um louco”, disse.

Atropelamento de Michelli

Michelli Alves estava na calçada em frente de casa conversando com uma amiga quando foi atropelada e teve o corpo arremessado por um motorista bêbado, que teve a prisão preventiva decretada nessa sexta-feira (14). Ele confessou que bebeu por 9 horas seguidas antes de pegar o carro e atropelar a secretaria. Os filhos de Michelli presenciaram o acidente.

O motorista contou que estava assistindo ao jogo do Corinthians e na saída, disse que o pneu estourou, o que o fez perder o controle do veículo Renault Sandero. Ele atropelou Michelli e uma mulher transexual, que foi socorrida inconsciente para o hospital pelo Corpo de Bombeiros.

O relato feito de que o pneu estourou e causou o acidente não é verídico, de acordo com a delegada Joilce Silveira Ramos, que atendeu o local do acidente. A perícia concluiu que o pneu estourou após o acidente. O motorista só parou o carro após o veículo parar de funcionar, uma quadra depois do acidente, e estava em alta velocidade, segundo a delegada.

Acidente com Graciele

Graciele seguia pela Rua Presidente Vargas quando no cruzamento com a Avenida Duque de Caxias acabou batendo na traseira de um carro parado no semáforo. Pelas imagens é possível ver quando o Fiat Palio está parado no semáforo, mas sem as luzes de freio acionadas, no cruzamento da Rua Presidente Vargas com a Avenida Duque de Caxias. Um carro, de cor branca, chega ao lado e em seguida é possível ver a moto que aparenta estar em alta velocidade. A motociclista bate na traseira do carro.

A motocicleta, conforme revelam as imagens, estava com os faróis desligados. Minutos antes da batida, o Fiat Palio aparece com o farol ligado, mas as luzes traseiras do carro não estavam funcionando, pelo que é possível ver nas imagens.

Midiamax

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