Abel Ferreira explica ausência de Endrick no Palmeiras e comenta expulsão em Fortaleza: ‘Árbitros também precisam descansar’

Palmeiras sofreu sua primeira derrota após 15 jogos de invencibilidade, ao ser batido por 1 a 0, pelo Fortaleza, nesta quarta-feira (31), no Castelão. O resultado garantiu o Verdão nas quartas de final da Copa do Brasil por conta do 3 a 0 conquistado na partida de ida. Por esses e outras, as grandes notícias do dia acabaram sendo mais uma expulsão de Abel Ferreira e a ausência de Endrick até no banco de reservas.

Em entrevista coletiva após a partida, Abel evitou falar sobre sua opção por não relacionar o garoto para esta noite. O técnico, inclusive, se mostrou um pouco incomodado pela pergunta, mas não polemizou e deixou claro que foi uma decisão circunstancial.

– Eu não sei o porquê dessa pergunta (sobre o Endrick). Já ficou fora o Jailson, já ficou fora o Fabinho, o Luis Guilherme… Sua função é fazer perguntas e a minha função é escolher os jogadores que eu entendo que devem jogar. E para este jogo eu entendi que os centroavantes deveriam ser outros – declarou o comandante alviverde.

Outro fato que chamou a atenção no Castelão foi a expulsão de Abel Ferreira, que já havia levado cartão amarelo por reclamação no primeiro tempo e depois, no segundo, levou o vermelho direto por conta de mais reclamações com a equipe de arbitragem. O treinador explicou os lances em que foi punido e brincou que procura ser advertido para ganhar mais descanso em casa.

– Se vocês contarem todas as expulsões que eu tive desde que cheguei ao Brasil, faz três anos, treinador mais longevo, claro que é mais uma expulsão. Levei o primeiro amarelo por reclamar com o árbitro, porque teve uma falta do zagueiro (Titi), que ele não dá o amarelo, falei para o quarto árbitro que esperava que fosse assim para os dois. No lance seguinte, o Rony divide de ombro com o zagueiro e ele leva amarelo, eu reclamei e levei amarelo. Depois foi vermelho direto, porque eu reclamei de uma falta no Veiga, mas acho que foi o quarto árbitro que me expulsou – disse o português antes de completar:

– O importante é que o Palmeiras continua a cumprir seus objetivos, o treinador do Palmeiras, como eu disse em outra coletiva, leva mais cartões para poder descansar. Pensando o lado positivo, é descansar, ficar em casa, curtir a família, comandar o jogo sentado no sofá, tranquilo, desfrutando da minha equipe jogar. Se o clube quiser prolongar o meu contrato nessas condições, eu passo a comandar a equipe a partir de casa.

Ao comentar do cansaço pelo qual seus jogadores passam com partidas a cada dois dias, viagens, enfrentando condições adversar e até gramados ruins, Abel Ferreira ponderou sobre a situação física dos árbitros, que também podem ser afetados em suas decisões por conta desse desgaste.

– Meus jogadores precisam descansar e sinto que os árbitros precisam descansar, não os vejo descansados, não os vejo descansados nem nas decisões. Se esse árbitro estivesse descansado nas decisões, no lance que eu levei amarelo, ele tinha que ter dado amarelo, isso é fato, não estou inventando nada, assim como é fato que eu fui expulso. Se o árbitro estivesse descansado, era impossível ele não ter dado amarelo para o zagueiro e um minuto depois ter dado ao Rony. Não é só com os treinadores, com os jogadores, eu acho que os árbitros também estão cansados, essa é a impressão que eu fico, não apenas pela falta de descanso físico, mas também nas decisões tomadas – concluiu.

Depois de resolver sua vida na Copa do Brasil, o Palmeiras volta suas atenções para o Brasileirão. Neste domingo (4), às 18h30, o time de Abel Ferreira recebe o Coritiba, no Allianz Parque, pela nona rodada da competição. O Verdão é o vice-líder com 16 pontos, cinco atrás do líder Botafogo.
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