Mesmo com vacinação, uso de máscara é essencial e não tem prazo para acabar em MS

“A vacina não é, por enquanto, nosso passaporte para liberdade”. Quem diz forte frase é a própria presidente da SIMS (Sociedade Brasileira de Infectologia de Mato Grosso do Sul), a infectologista Andyane Freitas Tetila.

Apesar de representar a principal arma na luta contra a Covid, a vacinação no contexto de uma taxa de contágio tão alta, como temos hoje em vários países do mundo, inclusive o Brasil, não representa o fim das medidas de segurança.

Porém, esse tem sido o sentimento de muitas pessoas, principalmente na utilização da máscara, o objeto mas simbólico da pandemia. Muita gente já vacinada tem deixado de usar essa proteção tão simples e eficaz.

De acordo com a infectologista, deixa de usar máscara e/ou afrouxar a exigência desta medida é um erro gravíssimo. “Ainda temos circulação grande do vírus. O principal objetivo da vacina é diminuir o caso grave dos casos, mas as pessoas pode ainda pegar. Então, enquanto o vírus ainda estiver circulando, é preciso usar a máscara”.

Ainda segundo Andyane não é possível saber quando não será mais necessário o uso de máscara. “Isso só deve acontecer quando tivermos alcançado a “imunidade de rebanho” pela vacina, não pelo contágio. Isso representa aproximadamente 90% da população adulta”.

Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, temos 41% da população com ciclo vacinal completo, bem longe do ideal.

A especialista explica também que as variantes, como a Delta, têm quebrado o sucesso na imunização completa. “Ela tem uma alta taxa de transmissibilidade e isso interrompe um pouco o ciclo da imunização, por isso é difícil estabelecer um tempo para decretar o fim do uso de máscara. Temos que chegar o dia em que os casos diários que temos de contágio sejam os do mês”.

Midiamax

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