Projeto ambicioso do Cuiabá pode encontrar espaço na Série A
O Cuiabá subiu para a Série A e os planos não serão modestos. Foto: Instagram
Depois de muito tempo uma equipe do Mato Grosso, o Cuiabá, fará parte da elite do campeonato brasileiro e essa é uma enorme conquista para o Centro-Oeste, já que representantes da Série A normalmente eram e são do estado de Goiás.
O clube teve uma ascensão meteórica, sendo fundado em 2001, conquistando nove títulos do Mato Grosso, nosso estado vizinho, uma Copa Verde em 2015 e agora o acesso à Série A. A intenção não é parar por aqui. Por isso, quando você ver o Cuiabá no Sportsbet.io nos jogos do Brasileirão, preste atenção nas odds porque uma aposta pode valer a pena.
O clube teve que lidar com a saída de Allan Aal, treinador do acesso, mas já foi atrás de Tiago Nunes, campeão da Copa Sul-Americana e Copa do Brasil pelo Athletico e que teve uma passagem (apagada) pelo Corinthians.
É possível que Nunes prefira um clube mais estabilizado na Série A, mas já dita o tom do que a equipe mato-grossense quer para 2021: não ser uma equipe ioiô.
Não faltam clubes que subiram para a Série A e até emendaram acessos – o Cuiabá ficou dois anos na Série B – como o CSA, Joinville e América-RN, mas não conseguiram se firmar e com o descenso surgiram vários outros problemas. Então todo cuidado é preciso.
O primeiro é saber contratar. É comum que equipes de Série B ao subir corram atrás de medalhões e nomes firmados que não tem mais tanto a apresentar e trazem salários altos. Com um orçamento muito maior é preciso seguir com planejamento e não simplesmente abrir a carteira e assinar contratos ruins.
O Cuiabá não poderá ter a mesma atuação que o Red Bull Bragantino, que contou com os milhões da empresa de energético para contratar. Mas com uma gestão moderna e olho no mercado é possível se firmar em um grande vazio que está surgindo.
Os clubes grandes estão derrapando
A péssima gestão por décadas dos clubes grandes brasileiros está cobrando seu preço. Salários atrasados, punições da FIFA impedindo contratações, falta de estrutura e a pressão das torcidas cobram seu preço, com o Cruzeiro sendo o exemplo mais extremo disso.
Entretanto, o time mineiro não é o único. O Botafogo também está sofrendo as consequências – aliás o Cuiabá eliminou o Fogão nas oitavas da Copa do Brasil de 2020 -, assim como Sport, Vasco e muitos outros. Uma equipe que tem as contas em dia, pode crescer de forma orgânica – Cuiabá terá cotas de televisão muito maiores, por exemplo – e tem estrutura sai na frente.
Claro que a trajetória não será sem percalços. Um exemplo é o da Chapecoense, que esportivamente teve sucessos, mas foi rebaixada em 2019, também devido ao trágico acidente envolvendo sua delegação. Mesmo assim, quando o trabalho é bem feito, o sucesso volta a bater à porta: o time catarinense ficou só um ano na Série B e já subiu para a elite novamente.
Por isso o Cuiabá pode se firmar e fazer parte de um grupo de clubes que pertence à elite do futebol brasileiro, mesmo que em alguns anos tenha que disputar a Série B. Boas campanhas na Série A e Copa do Brasil são suficientes para isso. E não vamos esquecer que o equilíbrio e as surpresas são marcas do futebol nacional.